23 de março de 2017

Seis ou sete

um fio de ferro anarquiteto conforme as curvas do cálculo do caos conforme a superfície ilimitada por um deserto indeciso de um abismo habitado por timbres do vazio da linha do horizonte de aço e cimento e asfalto asfixiando em si consigo a opacidade sonora desenha um sol semifuso se faz na linha sem margem sem mar sem sol no crepúsculo cinza às seis ou sete sobre as fumaças dessa cidade sem fim em si a sirene soa nas periferias compridas e pouco planejadas com buracos nas descalçadas e casas lojas várzeas vielas atravessadas por

 

tão despovoados

simétricos dentros

num lance de lados

volante no centro

os vidros blindados

antento, e, entro

pias e poluições no caminhão entre mil e uma multidões amontoadas nos ônibus carros motos amontoadas nos solos e subsótons dos desvãos e pré casas ao lado de janelas sobre janelas mudas próximas de janelas sem luz entre janelas distantes carroscorremtatamtiros no espaço sem espaço para sair mais acima depois do cinza e da serra esfumaçam azuis laranjados vermelhos em volta da lua roxa trêmula desdobra a estrela estala do lado de lá visível desse quarto e dessa fresta de ferro em frente ao final do ocaso onde não consigo ver o homem no mar estala

o