30 de março de 2016

Brechas Urbanas

O encontro conta com a participação dos escritores André Gravatá e Nicolas Behr – que pensam como a estrutura muitas vezes rígida e racional da cidade também pode ser um terreno fértil para a imaginação. Aberta ao público na sede do Itaú Cultural e transmitida ao vivo pelo site do instituto, a conversa integra a série de debates sobre arte e cidade

 

No dia 31 de março (quinta-feira), às 20h, o Itaú Cultural abre espaço novamente em sua programação para o Brechas Urbanas. O encontro realizado pelo instituto em parceria com o projeto Cidades para Pessoas reúne artistas e pensadores do universo das artes para fazer uma reflexão atual e propositiva sobre a vida na metrópole. Desta vez o tema é A Ordem Não é o Contrário da Fantasia e os convidados são o jornalista e escritor paulista André Gravatá, e o também autor , cuiabano radicado em Brasília.

 Na conversa, mediada pela jornalista Natália Garcia, Gravatá e Behr propõem uma reflexão sobre como o espaço urbano oferece doses equilibradas de ordem e fantasia. Para Gravatá, por exemplo, a cidade pode se transformar em uma grande plataforma educativa, cujas vias constantemente reinventadas tornam-se espaços lúdicos e de aprendizado. Behr, por sua vez, parte da realidade para criar, em seus versos, situações fantásticas: o que aconteceria se a capital do país fosse atingida por uma tempestade de areia e virasse um deserto com a esplanada em ruínas? O encontro é transmitido ao vivo pelo site do Itaú Cultural: www.itaucultural.org.br

 André Gravatá é cofundador do coletivo Educ-ação, coautor de Volta ao mundo em 13 escolas e autor do livro de contos Sublime – além ter publicado um de seus contos no livro 336 horas, organizado pela escritora Noemi Jaffe. Já assinou artigos para portais e revistas, como Superinteressante, Vida Simples, Piauí, Papo de Homem e Planeta Sustentável. É, ainda, um dos fundadores do Movimento Entusiasmo (ME), projeto criado em parceria com amigos, visando provocar transformações no centro de São Paulo por meio da educação. O movimento originou a Virada Educação, que mobiliza escolas e espaços públicos por todo o Brasil.

Nicolas Behr começou sua trajetória profissional em 1974, com o lançamento de Iogurte com Farinha, o primeiro de muitos livrinhos mimeografado, pelos quais foi preso em 1978, acusado de porte de material pornográfico – no caso, os livrinhos –, sendo julgado e absolvido no ano seguinte. Trabalhou em agências de publicidade, se engajou no movimento ecológico, atuou na Fundação Pró-Natureza (Funatura) e se dedicou à produção de espécies nativas do cerrado. Publicou Porque Construí Braxília (1993), e em 2008 foi finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura pelo livro Laranja Seleta.

Em 2004, o seu perfil biográfico foi traçado pelo jornalista Carlos Marcelo no livro Nicolas Behr – Eu Engoli Brasília, e em 2010 a cineasta Danyella Proença fez um ensaio sobre a relação do poeta e sua cidade, no filme Braxília (17 minutos), premiado em festivais de cinema, como para o melhor curta-metragem pelo júri popular, melhor roteiro e prêmio especial do júri no 43º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (2010); melhor curta-metragem pelo júri popular, melhor trilha sonora (Dado Villa-Lobos) e melhor montagem (Marcius Barbieri) no XV Cine PE (Recife, 2011); e a seleção dos 10 curtas favoritos do público no Festival Internacional de Curtas de São Paulo (2011), entre outros. Tema de várias dissertações de mestrado pelo país, participou em 2013 como convidado da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) e da Feira Internacional do Livro de Frankfurt e do Festival Latino Americano de Poesia (Latinale), em Berlim. Em 2015, foi homenageado pelo Instituto de Letras da Universidade de Brasília, que instituiu o Prêmio Nicolas Behr de Literatura.

 

Sobre o Brechas Urbanas

Realizado em parceria do Itaú Cultural e o projeto Cidades para Pessoas, o Brechas Urbanas foi criado a partir da aposta do instituto de que é cada vez mais urgente repensar a vida nas cidades, tendo a arte como elemento transformador potente nesta reflexão. “Essa pesquisa proporcionada pelos encontros nos moverá para propor inovações no mundo contemporâneo”, acredita Ana de Fátima Sousa, gerente do Núcleo de Comunicação do Itaú Cultural, que também assina a curadoria da programação.

Para Natália Garcia, criadora do Cidades para Pessoas, que interpreta e experimenta ideias para cidades mais humanas, a ideia é fazer dos encontros um espaço para debater o que está por ser inventado e por ser criado dentro das ações na cidade. “Por isso convidamos artistas que estão envolvidos com essas criações e com essas ações na prática, fora da academia”, explica.

 

SERVIÇO
Brechas Urbanas

A Ordem Não é o Contrário da Fantasia

Com André Gravatá e Nicolas Behr e mediação de Natália Garcia

Dia 31 de março de 2016 (quinta-feira), às 20h

Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: Livre
Transmissão ao vivo pelo site do Itaú Cultural: www.itaucultural.org.br

Sala Vermelha (70 lugares)

Entrada franca (ingressos distribuídos com 30 minutos de antecedência)

Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho – R$ 15 pelo período de 12 horas.
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural: 3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9;
5 a 12 horas: R$ 15.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Acesso para deficientes físicos
Ar condicionado

 

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô