27 de janeiro de 2023

HQ Pinóquio, de Winshluss com nova edição chega pela Moby Dick

Em menos de um ano, a editora Moby Dick lança seu terceiro quadrinho e já mostra que veio para apostar em lançamentos de peso.

A premiada HQ Pinóquio, de Winshluss, esgotada há 11 anos e fora de catálogo no Brasil desde a sua última edição pela Globo livros (2012) ganha nova casa com tradução de Érico Assis e letreiramento de Lilian Mitsunaga.

Vencedora do Festival d’Angoulême em 2009, a HQ traz uma versão psicodélica de um dos personagens da literatura clássica universal. Na narrativa temos o pequeno Gepeto que é alvo do seu criador para se tornar um robô para fins militares e ganhar muito dinheiro. Mas Gepeto envereda por uma jornada própria de forma sombria e aterrorizante.

A edição da Moby Dick será toda colorida em papel ofsset 180g e vai trazer um final alternativo, serão 208 páginas com um projeto gráfico caprichado de capa dura com verniz localizado, acabamento costurado colado no tamanho 21,5 x 29.

Quem é Winshluss?

Vincent Paronnaud (FRA), também conhecido como Winshluss, é um quadrinista e cineasta francês. Ao lado de Marjane Sartrapi, escreveu e dirigiu o filme Persépolis, que recebeu prêmio no Festival de Cannes de 2007, além de ter sido nomeado para o Oscar de melhor animação. Ganhou fama de mestre do humor macabro após a publicação de Pinóquio, sua releitura do clássico de Carlo Collodi. Winshluss ganhou o prêmio de melhor álbum no Festival Internacional de la Bande Dessinée de 2009 em Angoulême (França), com Pinóquio.

Lilian Mitsunaga (Letreiramento)

Natural de Mauá, São Paulo, arquiteta de formação pela USP, letrista de quadrinhos por opção. Começou a fazer letras à mão, ainda na faculdade, para a editora Abril, na década de 80 e migrou para as letras digitais no fim dos nos 90. Hoje, utiliza fontes comerciais e cria novas a partir da grafia de artistas ou ainda faz um “mix” de letras à mão e digitais, dependendo da obra em que trabalha. Ganhou dois HQMIX: melhor Letrista e Homenagem Especial; e dois prêmios Angelo Agostini: melhor arte técnica e mestre do quadrinho nacional. Hoje está à frente do estúdio Lua Azul. Muitas editoras requisitam seu trabalho e a manufatura de fontes e só utiliza as mesmas nas obras desses artistas. Gosta de desafios e, por isso, se sente honrada em ser lembrada para fazer parte dessas obras bacanas. Lilian Mitsunaga é a letrista por trás de Pinóquio, o terceiro título da Moby Dick.

Érico Assis (Tradutor)

Érico Assis é tradutor, jornalista, professor e pesquisador. Autor da coleção de livros “Balões de Pensamento”, escreve sobre quadrinhos desde 2000, tendo passagens por Omelete, Blog da Companhia e colaborações com vários jornais e revistas. Traduz do inglês e do francês e é Doutor em Estudos da Tradução pela UFSC. Também foi editor convidado do projeto  Catálogo HQ Brasil e participado podcast Notas dos Tradutores.

Este é o terceiro lançamento da editora que está em pré-venda até dia 12/02/2023 e você pode adquirir o seu com 20% de desconto. Clique aqui e garanta o seu exemplar.

Sinopse

A inocência do personagem original criado por Carlo Collodi dá lugar a um protagonista sombrio. Pinóquio é uma máquina de guerra que, em suas andanças por locais sórdidos, entra em contato com a violência, a ganância, a corrupção e a crueldade enquanto conhece a fauna humana – do industrial que explora a mão de obra infantil (e para quem Pinóquio trabalha) a implacáveis caçadores de recompensas, além de uma Branca de Neve pós-moderna e sete anões sadomasoquistas. A trama é contada quase exclusivamente por meio de imagens. Só há texto nas reflexões do personagem Jiminy Barata, correspondente ao Grilo Falante original. Em sua talentosa criação, Winshluss – pseudônimo de Vincent Paronnaud – alia desenhos com alto grau de detalhamento a uma estética que mescla técnicas do grafite, da caricatura e da tira de jornal.