8 de abril de 2016

A ciência de tão poucos

Esquivando-me a vida inteira dos comentários simplistas patrocinados por governos neoliberais dos anos noventa pra cá, esses que patrocinam ensino pela Televisão, do tipo todos podem crescer na vida se estudarem e trabalharem duro.

Dura é essa mentira, jogo da ilusão.

A informação verdadeira não é para todos, sobra o lixo do conhecimento por vias lixosas das televisões.

Uma verdadeira distribuição de renda deve vir junta a uma verdadeira distribuição de arte e de ciência. Depois de uma revolução, a primeira propriedade da qual o povo deveria tomar posse é a das universidades, com seus cientistas milhares fomentadas com nosso trabalho.

Afinal, nós “queremos saber/ o que vão fazer/ com as novas invenções/ queremos notícias mais sérias/ sobre a descoberta da anti-matéria/e sua implicações para emancipação do homem”.*

Pergunte para sua mãe se ela sabe quais são as 3 leis de Newton, depois pergunte para si o que é o sistema binário? A gente não sabe das coisas por elas serem difíceis, desconhecemos o funcionamento do mundo, pois é mais cômodo e fácil desconhecermos.

Balela! Vai gritar um meritocrata, argumentando como ficou tão fácil, desde que o ministério da educação passou a distribuir nas escolas gratuitamente para os miseráveis livros explicativos, didáticos, para todas essas questões.

Recuso! nunca vi uma molécula, pois o ministério mandou o livro, mas não mandou o microscópio, não mandou o laboratório, não mandou o salário do professor, não mandou nem a metade do necessário para a viagem derradeira espacial ao mundo das ciências. Amigas, amigos, ninguém aprende apenas vendo álbum de figurinhas.